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Se o de Agostinho, quando lhe perguntam, não sabe o que é...

Se o de Caetano, ‘um senhor tão bonito quanto a cara de um filho’...

Se o do físico, indissociável do espaço...

Se o da música, intervalo de ‘silêncio e som’...

Se o da TV, sujeito a chuvas, nevascas, secas, vendavais...

Se o da criança, imprecisa e confusa abstração...

Se o do jovem, ‘todo aquele do mundo’...

Se o do velho, uma implacável contagem regressiva...

 

Se o nosso, tão rápido, quanto melhor...

Se o meu, marcas que se fazem notar no corpo, no espelho...

 

E, se no íntimo, não o sinto e chego até dele duvidar...

Seus efeitos visíveis, impiedosos me fazem lembrar

Que apenas sou, porque nele estou

 

Pois fora dele só nos resta a austera eternidade!

Lilian Godoy

Tempo, que tempo?

© 2016 Editado com ♥ pela equipe da Revista Um Quê

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