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Se o de Agostinho, quando lhe perguntam, não sabe o que é...
Se o de Caetano, ‘um senhor tão bonito quanto a cara de um filho’...
Se o do físico, indissociável do espaço...
Se o da música, intervalo de ‘silêncio e som’...
Se o da TV, sujeito a chuvas, nevascas, secas, vendavais...
Se o da criança, imprecisa e confusa abstração...
Se o do jovem, ‘todo aquele do mundo’...
Se o do velho, uma implacável contagem regressiva...
Se o nosso, tão rápido, quanto melhor...
Se o meu, marcas que se fazem notar no corpo, no espelho...
E, se no íntimo, não o sinto e chego até dele duvidar...
Seus efeitos visíveis, impiedosos me fazem lembrar
Que apenas sou, porque nele estou
Pois fora dele só nos resta a austera eternidade!
Lilian Godoy
Tempo, que tempo?
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